Dezessete pessoas, entre elas seis policiais militares, foram presas na manhã desta terça-feira (26) em uma operação realizada em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a operação 'Mercenários' prendeu 17 integrantes de uma organização criminosa que matava pessoas por encomenda e recebia dinheiro por isso.
Segundo a Polícia Civil, o grupo foi descoberto depois de uma investigação, iniciada ainda em 2015, que apurava homicídios ocorridos em Várzea Grande e Cuiabá. Em todos os casos, as testemunhas relatavam que os criminosos estavam vestidos com roupas camufladas, roupas pretas e capuzes.
Além dos seis policiais militares, a operação também prendeu seis vigilantes que trabalhavam em empresas e comércios em Várzea Grande, duas pessoas consideradas como 'mandantes', duas pessoas que tinham o papel de 'informantes' no grupo e um gerente de uma empresa. Conforme a Polícia Civil, os policiais militares atuavam como executores.
As investigações apontam que o grupo cometia os assassinatos por questões financeiras, já que os integrantes eram contratados. Durante a operação, que contou com a participação de 180 policiais civis e militares, foram apreendidas diversas armas, munições, roupas camufladas e capuzes. Todo o material era usado pela organização criminosa para cometer os assassinatos.
Os presos foram levados para a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), na Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), em Cuiabá. A Corregedoria da Polícia Militar acompanha o caso. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da Justiça de Várzea Grande.
A polícia acredita que o grupo preso está vinculado a pelo menos cinco homicídios ocorridos entre os dias 3 de março a 13 de abril em Cuiabá e Várzea Grande. A motivação, segundo as investigações, era meramente financeira e as vítimas não estavam necessariamente vinculadas a crimes.
Crimes
Entre os crimes cometidos pela quadrilha, está a do gerente de vendas Eduardo Rodrigo Beckert, de 35 anos, assassinado a tiros no dia 5 de abril, perto do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande. Segundo as investigações, ele foi executado com mais de 10 tiros de pistola, dentro de uma caminhonete.
Entre os crimes cometidos pela quadrilha, está a do gerente de vendas Eduardo Rodrigo Beckert, de 35 anos, assassinado a tiros no dia 5 de abril, perto do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande. Segundo as investigações, ele foi executado com mais de 10 tiros de pistola, dentro de uma caminhonete.
No crime, dois homens armados e encapuzados se aproximaram do carro em que a vítima estava e dispararam contra ele. Na sequência, eles fugiram em um Fiesta preto, sem nada levar. O crime ocorreu em frente a uma casa, próximo à residência da vítima. A polícia descobriu que Eduardo teria se relacionado com uma mulher casada. O marido soube da traição e contratou a organização criminosa para matar Eduardo.
Outro caso ocorreu no dia 13 de abril, quando dois jovens, de 25 e 18 anos, e um adolescente, de 17 anos, foram assassinados a tiros na noite nos fundos de uma casa no Bairro Cohab Cristo Rei. De acordo com informações da Polícia Militar, homens armados invadiram o local e atiraram contra as vítimas. Um outro jovem, de 18 anos, conseguiu fugir ao pular o muro da casa. Ele foi baleado na perna.
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